Fizemos vários atos depois da desocupação e um deles, emblemático, resultou na explicitação do caráter tosco e truculento de uma polícia que já há muito tempo mata cidadãs e cidadãos.
Quando o movimento negro denunciou que a polícia matava negr@s, não nos deram ouvidos. Não é de hoje que pessoas são abordadas truculentamente a caminho de casa. Não é de hoje que a polícia inventa pretexto pra prender pessoas por causas não declaradas por eles. E infelizmente, também não é recente o desaparecimento de pessoas durante manifestações, como o acontecido com o companheiro Zé Ricardo que aparece nesse vídeo:
Violência Policial no ato Fora Arruda from Raul Cardoso on Vimeo.
Infelizmente essa violência é mais uma dentre as várias que nós, (e eu, já que falo por mim) enfrentamos dentro dos movimentos estudantis e tantas outras lutas.
Dentro dos espaços de fortalecimento que tentamos construir coletivamente, a luta comum com os homens, em sua maioria brancos e heterossexuais não é simples.
Precisamos rever os mecanismos e os métodos de luta que nos obrigam, sempre, a abrir mão de perspectivas e identidades em prol de 'algo maior'. Pessoalmente não consigo conceber que minha identida e a de tantas outras que crescem nas lutas comigo seja sempre 'algo menor'. Que as discussões que tentam ser apresentadas em todos os momentos sempre estejam 'fora do tema' e que o discurso contra a opressão tenha que ser sempre mais 'moderado'.
Lastimo enormemente a violência que esse vídeo explicita. Mas não quero que esta nos faça esquecer das violências silenciosas as quais estamos submetidas e que, por não estarem registradas e por seus algozes serem vítimas em tantas outras lutas, se tornam menores.
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