quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Advogadite aguda

Desde segunda-feira estou participando da I Conferência Nacional de Comunicação. O público participante da conferência é dividido em 3 segmentos: Sociedade Civil, Empresários e Poder Público.
Pois bem, estou eu psrticipando de um dos grupos de trabalho que discute a produção de conteúdo, e discordo de uma senhora do setor empresarial no que diz respeito ao que acontece com o processo de liberaçào e outorgas para as rádios comunitárias. - Todo mundo que minimamente já se envolveu com comunicaçào comunitária, ou leu a respeito ou tem um primo de um amigo de um colega j[a ouviu histórias escabrosas sobre o comportamento da polícia com essas pessoas que simplesmente pretendem suprir uma demanda por comunicaçào ns comunidade onde moram- É então que a senhora se vira para mim e diz: Eu sou advogada, sei muito bem do que estou falando.

Excelente! Acho quase fundamental que pessoas ligadas a lei estejam interessadas em discutir comunicaçào, ainda que não me pareça ser esse o caso dessa senhora, que veio representando uma grande cadeia de televisão, mas é extremamente desgastante e desesperador ver que as pessoas realmente acreditam que seu parco conhecimento baseado em leis e em pouca realidade os legitima (ah, entendi... é pq vem de Legis...) a desqualificiar a realidade das pessoas ali presentes. E não falo por mim, que realmente nào tenho esteio para falar com seriedade e responsabilidade sobre a questão das rádios comunistárias, mas por um senhor ali presente, que veio de Madureira, no Rio e falava que achava importante, além da não criminalização das rádios, a anistia a pessoas que, como ele, respondem a processos por terem abertos rádios comunitárias como alternativa ao monopólio das grandes emissoras nos bairros do Brasil.

Ter que ouvir esta tal advogada dizer que `náo se lacra as rádios comunitárias em situaçào de precariedade` diante do relato quase emocionado, mas sem dúvida emocionante daquele senhor, é mostrar que realmente não se tem respeito pela história de vida das pessoas simplesmente por conta de um diploma de direito.

Meu repúdio a quem nào quer fazer a diferença.

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